quarta-feira, 27 de junho de 2012

O primeiro beijo

Opa, mais uma postagem para compensar o tempo ausente.
Bem, vamos relembrar o dia do primeiro beijo... 15/06/2008.
Mais uma loooooonga história extraída do meu antigo blog.

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Diferentemente do que disse aqui, eu não fiquei em Blumenau no final de semana.

Durante o começo da semana passada, acertei com elas que passaria o final de semana na casa delas e iríamos ver o show do Tradição à Tangefest no domingo a noite. Na quinta-feira eu dou para trás e digo que não vou mais. Mas na noite de sexta-feira, decido não fugir dos sentimentos [...] e mando uma mensagem para a Tina, avisando que iria lá, sem a Rose saber. Uma surpresinha básica.

Sábado. 9 horas. Vou para a última aula de "guidão". Meio-dia. Chego em casa, almoço, me arrumo e preparo minha mochila. 1 hora. Deixo o computador ligado [para a Rose pensar que estou em casa], saio e pego os ônibus de sempre até a Rodoviária. Lá, assisto um jogo de futebol na TV e compro um par de meias para ela [a lojinha não tinha luvas]. 2 e 15 horas. O Presidente sai. Pela quarta vez, tentarei saltar no lugar certo. Sentado no primeiro assento, tenho uma viagem tranqüila. 3 e 15. Salto no lugar certo, o motel próximo da casa delas. Ligo para casa: Mãe, pode desligar o computador. Hehehe...

Dou um toque para a Tina, avisando que estou chegando. Ela está na porta da sala de TV e pergunto baixinho onde a Rose está. Ela aponta para o quarto, mas diz que a Rose já sabe de tudo. Ahhhhhhhhh, num credo. Ela explica que a Rose viu a cara alegre dela lendo a minha mensagem. Então pegou ele a força e leu a mensagem. Tudo bem. Entro no quarto, a cumprimento e beleza.

Passamos a tarde conversando e vendo Orkut's alheios. A Rose retoca minhas unhas. À noite, vamos ao Pesque-Pague do Baldo [pertinho da casa delas] e comemos o grande e delicioso bandejão de batata, polenta e peixe fritos. Começa a chover exatamente quando pensamos em ir embora. Mas vamos assim mesmo. Após uns 200 metros pela 470, o Seu Baldo aparece de carro e oferece carona. Fazendo um pouco de contorcionismo, entramos no Pampa e seguimos para casa.

Esperando a Dona Célia abrir a porta, sinto um calafrio danado. É a morte, Rose fala. Nem queira saber do que estou morrendo Rose, nem queira.... Ainda é razoavelmente cedo e o Maicon [um anjo em pessoa, sobrinho delas] chama a gente para ver "as crianças desobedientes" na SuperNanny, algo que ele não é. Ma vala que não é... Não lembro se assistimos também a novela da Globo ou apenas a SuperNanny... Tudo bem. Lá pelas 10 horas [eu acho], pensamos em ir dormir.

Mas não... ainda está cedo e eu trouxe alguns filmes para assistirmos. Quero ver Por Água Abaixo, a Rose quer o S.O.S. do Amor, a Tina eu nem sei... Como já vi todos, decidimos [ainda sob meus pequenos protestos] assistir o que a Rose escolheu. Beleza. A Tina dorme já no começo do filme. A Rose e eu seguimos firmes e acordados até o final. É, e agora já é hora de dormir. Rezo o Santo Anjo com a Rose, e boa noite e até amanhã.

Nem lembro que horas acordei e o que fiz na maior parte da manhã de domingo [é...]. Pelas 10 e meia [eu acho], vamos à casa da Fernanda combinar como vamos à Tangefest em Apiúna à tarde. Ligo para a rodoviária de Indaial e confirmo: 3 horas o Presidente [sempre ele] sai de lá. Beleza. Voltamos e vamos ao cemitério do Rio Morto. Olhamos os túmulos, quase todos de gente que foi assassinada, atropelada e tal. Passamos pela antiga casa delas e pelo parquinho da escola. Parquinho? Opa...

Rose quer dar uma desaforada e vai no balanço. Tiro duas fotos idiotas dela [que não vou mostrar não]. A chamo para ir naquela rodinha que a gente senta e gira com os pés. Sabem né? Tipo esse aqui. Bah, pra que... Sujo meus pés na areia molhada. Paro e os lavo numa torneira ao lado da cancha de bocha. Rose me chama para ir à gangorra. Como tenho meia-bunda, consigo sentar no meio-banco que tem no meu lado. Brinquedo assustador, meu! Não lembrava que era tão alto. Mas foi bom. É... o brinquedo... eu num lado... e... bom... é... Vários pensamentos tolos passam pela minha cabeça. E nesses poucos segundos cai por terra o planejamento de um final de semana de, sei lá, esquecimento de certas coisas. OK, Tina nos caham para irmos embora. Pá... mas não lembro quando foi a última vez que brinquei assim... Lembro do Eu Aprendi, do Shakespeare: "... não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto".

Tá, seguindo... Chegamos em casa e, como em todos os domingos, a família toda está reunida e há aqueeela barulheira. Muito bom. Apesar da pressa que a Tina tinha, não temos nada para fazer e o almoço ainda não saiu. Bah... certa hora me bate uma tristeza misturada com raiva de mim mesmo que me dá vontade de pegar um ônibus e voltar para casa. Seguro o choro. Larga de ser gay cara... Demora um pouco, mas a crise de emozice passa. Mais exatamente depois de eu pegar um Sol na rua, sentado numa pedra, almoçando com o Maicon, um gato e a cadela Preta ao meu redor. Depois, começando o esquenta, treino mais um pouco de dança com a Tina no quarto. Também mostro à Rose a interpretação de Juninho do Musicamp cantando Superstar [não achei a letra aqui no Google] que fiz no outro sábado aqui em casa, enqüanto esperava o Roger para ir à Thapyoka.

2 horas. Elas tomam banho, escolhem as roupas, arrumam os cabelos, se maquiam e etc. Básico. Minha vez. 5 minutos de banho, uma chacoalhada no cabelo, uns tecos de perfume no casaco e aquela chiringada de desodorante nos suvaquebs e pronto. O Adilson, irmão roqueiro delas, aparece na janela e fala algo sobre slatter, rock e metal. Fico curioso e sento em frente ao computador. Abro o Google e digito splatter. Garimpo alguma coisa de rock no meio de tantos resultados. A palavra gore chama a minha atenção. Tento splatter gore. Opa, agora temos coisas interessantes. Principalmente isto. Pulando as extremamente fortes, leio algumas "poesias" para elas. Talvez se impressionem com o romantismo exacerbado dos versos. Ainda mais se interpretados por mim... Ah sim, claro...

2 e 55. É hora de dizer tchau, é hora de dizer tchau... Vamos nos despedir do pessoal. Mas... cadê todo mundo??? A casa está vazia. Será que foram abduzidos por alienígenas??? É possível. Apenas o Seu Mário está em casa [para variar] e ele me olha com a cara fechada [ainda variando]. Beleza, vamos para o ponto. Eles sabem aonde estamos indo.Eu também sabia, apenas não tinha noção de tudo que aconteceria lá...

3 e 15. Estou apenas de camisa pois o Sol ainda dá uma boa quenturinha. Mas levo meu casaco já que ficaremos lá até de noite. Como [para ela] não sei carregar um casaco, Rose o leva. O Presidente chega. Embarcamos e sentamos na parte de trás do ônibus. Rose ao meu lado e Tina atrás de nós, guardando lugar para o Diegoso. Admiro os lugares até então desconhecidos para mim e converso com a Rose. Diegoso embarca e fica naquela melacera com a Tina. Mais uns minutos e chegamos. Desembarcamos e um cheiro de tangerina paira pelo ar. É, estamos na Tangefest, né?

Andamos um pouco e encontramos o lugar. Tina distribui os ingressos e entramos. Coisa razoavelmente bagaceira. Quem está acostumado com a Oktoberfest na Vila Germânica, acha estranho ir a uma festa cujo chão é de pedras soltas [algumas muitos grandes] e barro [que se transformou em lama com a chuva]. Mas é legal, me faz lembrar das ótimas festinhas da igreja e da escola aqui do bairro. Minha mãe ajudando na cozinha e meu pai na barraca da cerveja. Meu irmão e eu torrando os moneys na roleta de times de futebol, no bingo, na sacola surpresa e na pescaria. Mas, vejam bem, em nenhuma vez saímos com as mãos abanando, nenhuma. Sempre terminávamos a noite no lucro, sempre.

Continuando, vamos até perto do palco e voltamos. Encontramos a irmã do Diegoso com o marido dela e ficamos por ali. A primeira oferta de cerveja rola. Penso, lembro do baile em Ascurra, penso mais um pouco, olho para a Rose, penso mais "um muito"... Apesar do medo de que a história daquele baile se repita, aceito. Quer saber, que se phoda! Tomo um gole, e outro, e outro. Rose me repreende. Deixo o copo no chão pois não estava resistindo à tentação. Alguns minutos se passam e a Rose acha que está com o cabelo desarrumado. E realmente está... Como não há banheiros com torneira ali, compramos um água mineral. Depois de ela se arrumar, tentamos sair para conhecer a cidade. Mas a porcaria da festa [que já não tem torneiras] não deixa o pessoal sair e voltar sem pagar novamente. Então, damos um volta ali dentro na festa mesmo e olhamos as barraquinhas. Encontramos uma barraca de bebidas e chegamos perto. Como ninguém aparece para nos atender [elaia porcaria], voltamos lá com o pessoal.

Quem estava comigo na festa: corrigam-me se alguma das coisas a seguir tiver ocorrido de forma diferente. Vou falar do que me lembro.

Observamos a barraca de capeta e ela me seduz. Não consigo resistir. Compramos uma caipirinha de vinho. Bom é pouco. Ainda sóbrio, danço uma marchinha com a Tina. Depois, bebo um capeta de chocolate e outro de morango. Pareço um aspirador, secando os copos. Vamos lá para a frente, e começamos a nos enturmar para o show. Em poucos minutos, a cabeça começa a girar. Mais um pouco e uma dor de cabeça começa a me pegar. Não acredito, estou começando a ficar bêbado. Que vergonha. Coloco as mãos em frente aos olhos achando que isso tudo é um sonho. Olho para todos e Rose me olha rindo [eu acho] e diz para eu comer algo. Não, não... se eu meter algo no meu estômago agora... vix... deixa, logo passa... Que nada, o negócio piora. Não consigo mais fazer o "4" com as pernas. Pego meu celular e começo a jogar futebol para, sei lá, tentar ativar alguma parte "pensante" do meu cérebro. O Diego [eu acho] fica fechando o celular. Peraaaa... eu preciiiiso... Em dois jogos, não tomo gol, mas não faço nenhum, o que é um feito impossível para um viciado nesse jogo como eu. Rose pergunta novamente se quero comer algo. Hummmm... tá... Sentamos numa mesa e peço, com a ajuda dela, um pastel de frango com catupiry. Ela diz que me acha mais legal bêbado, pois fico mais engraçado. Hum, tá né... Enqüanto balanço o pastel, falo algumas besteiras. Nem cinco minutos se passam e Tina liga, nos chamando de volta. Dou apenas uma mordida no pastel e nos levantamos.
[mais detalhes sobre esse momento no fim da postagem] Como estou muito pra lá de Bagdá [agora, por dois motivos], Rose me guia em meio ao pessoal.

Chegamos de volta com a turma e ficamos lá, aguardando o show começar. Como estou voltando ao normal, quero beber mais, pois estava gostando da experiência. Rose me repreende novamente e deixo quieto. Alguns minutos se passam e bebida começa a querer sair. Mas como eu vou sair daqui com esse mundaréu de gente e ainda andando torto?... Mas não vou me agüentar até o final do show... Tá, vamos lá. Muito gentilmente e com um sorriso que não saia do rosto, aos trancos e barrancos vou andando e pedindo licença ao pessoal. TUF! [barulhinho de algo saindo "cuspido" de um lugar apertado]. Desemboco no lado direito, que está vazio. Agora tenho apenas eu para me segurar. Com a ajuda dos pilares, chego ao banheiro. É grande a vontade de parar ali dentro da cabine, sentar e rir, mas tudo aquilo fede demais! Saio e, como se todo o álcool fosse expluso do meu corpo junto com a "aliviada", novamente estou sóbrio. Após uns 10 minutos me espremendo em meio ao pessoal, consigo chegar à minha galerinha.

O show começa. Rose não consegue ver nada, como em quase todos os shows que vai. Então, depois de um tempo, saímos ali da frente e vamos para o fundo, aonde apenas a Fernanda e nós não estávamos ainda. Com muito espaço, podemos dançar bastante. É o que fizemos. E como dançamos. Booom... O show termina. Vamos comer um cachorro-quente. Rose come dois. O pai da Fernanda já está vindo nos buscar e a Rose sugere que vamos embora. Beleza, nos levantamos e começamos a sair. Cerca de 10 segundos depois, uma discussão que rolava perto de nossa mesa se torna uma briga, que sobraria para mim, já que estava no lado dos caras. Dio Santo, sou um chamariz de desavenças. Vamos embora, embarcamos no carro massa da Fernanda e voltamos. Chegamos em casa, tomamos banho e acertamos as contas da noite. Rezamos [nós três desta vez] o Santo Anjo e vamos dormir.

Tenho dificuldades para pegar no sono. Quando consigo, acordo em poucos minutos. A Rose também não está conseguindo dormir. Segundo ela, uma lua [que não vi] pega na cara dela. Quero conversar com ela. Mas não, não... Ela teria que acordar mais cedo do que eu na madrugada seguinte. Beleza. A partir da meia-noite, já mais sossegado, os intervalos de sono duravam aproximadamente uma hora. Meia-noite, 1 e 15, 2 horas, 3 e 15, 4 e 20. Opa, 4 e 20. A Rose acorda e eu não quero mais dormir, já que ela também não iria mais, pois logo teria que se levantar para trabalhar. Agora conversamos um pouco. A Tina se levanta. Rose e eu também. Enqüanto elas se arrumam, levanto meu colchão e adianto a arrumação da minha mochila. Coloco o cadarço em um dos tênis da Rose. Depois ela teve que recolocá-lo, pois deixei todo errado. Tá... Elas vão embora e fico sozinho num lugar "de estranhos". Eu sempre estive lá com as duas e, agora, apenas o Seu Mário e a Dona Célia estão na casa.

Às 6 e 15, me levanto [não "me acordo", pois sequer dormir]. Termino de arrumar a mochila, escovo os dentes, tento "desdesarrumar" o cabelo e dou bom dia para a Dona Célia [sim bambinas, bom dia]. Comento com ela que logo vou ter que pagar hospedagem aqui né... Enqüanto tomamos café, ela fala sobre bebidas. A bebida faz mal... é perigosa... faz a gente perder o medo de fazer as coisas... deixa a gente corajoso... e etc... Apenas concordando, seguro o riso. 6 e 40. Hora de ir embora. Dona Célia me acompanha até a rua. Agradeço por me suportar mais um final de semana lá e me despeço dela, que me convida para voltar outro dia. Valeu Dona Célia! Andando pela na BR, falo comigo mesmo: Deus, onde fui parar? São 7 horas da manhã de SEGUNDA, tenho que trabalhar às 8 horas e estou AQUI EM RODEIO! Caraca, que... maaaassa! Faz muuuito frio e no ponto de ônibus está dormindo um mendigo. Ele estava ali desde a manhã do domingo. 6 e 55, o Presidente [seeempre ele] chega. É, dá tempo. A Fernanda [que iria para a FURB] também deveria estar no ônibus, mas não encontro ela. OK. Sento no último banco e tento relaxar. Uma horinha para descansar. O ônibus pára a cada minuto e começo a pensar que ele não chegará a tempo em Blumenau. Às 7 e meia, ligo para o trabalho para avisar que talvez me atrasaria. Logo depois, a mãe me liga. As mesmas perguntas e orientações de sempre: Tudo bem? Dormiu cedo? Coma bastante. Se cuide. E as mesmas respostas de sempre: Sim. Sim. Sim. Sim. Já passa das 8 horas quando chegamos a Blumenau. Para piorar, o trânsito está um inferno, como sempre. Às 8 e 30 desembarco em frente ao Shopping Neumarkt. Quase correndo, atravesso a Sete de Setembro, passo pelo Teatro Carlos Gomes, atravesso à Rua XV e entro no prédio.

Pronto. Uma nova semana começa. Se bem que a outra sequer teve um final.

Não sei o que irá acontecer amanhã. E isso É MUITO BOM!
"


Nesse momento ocorreu nosso primeiro beijo.

Menos de um mês...

As coisas estão corridas. 24 dias para o casório.
É tanta coisa acontecendo que a ficha nem caiu.

Sair da casa onde você morou desde que nasceu.
Sair debaixo das asas da mãe e morar noutra cidade.

Menos de um mês... Fica difícil até escrever.